Liderança para líderes administrativos

É material de liderança?

Pergunto muitas vezes às pessoas qual é, na sua opinião, o primeiro passo necessário para se chegar a um cargo de liderança. As respostas que recebo são: trabalhar arduamente, conhecer as pessoas certas, educação. Podemos esperar que o tempo, o acaso ou outras pessoas nos abram a porta da oportunidade. No entanto, alguém com o verdadeiro espírito de liderança está consciente do enorme poder da auto-confiança.  

A auto-confiança não é uma falsa confiança baseada nos seus conhecimentos e anos de experiência. Esse tipo de crença pode ser abalado logo que se esteja em território desconhecido. Pode também impedir-nos de ter uma mente aberta, de ouvir os outros que sabem mais e de correr os riscos necessários ou de tentar novas abordagens. 

De facto, a verdadeira autoconfiança é algo muito mais profundo e baseia-se na sabedoria intemporal, e não em soluções psicológicas para aumentar o ego.

A verdadeira auto-confiança, auto-confiança, autoestima, auto-respeito, baseiam-se tanto numa apreciação justa e humilde dos conhecimentos, talentos, dons e qualidades que o tornam único, mas igualmente num profundo reconhecimento e aceitação do facto de ser apenas um ser humano falível, parte de uma teia de vida interdependente. Uma engrenagem na roda, importante mas inútil por si só.

Isto pode parecer bastante filosófico. No entanto, todos nós reconhecemos os verdadeiros líderes pelo seu respeito por si próprios e pela sua humildade. E é preciso uma certa maturidade para se sentir confortável com os paradoxos que existem na liderança. Um líder tem de "atirar para as estrelas", ser visionário, mas manter os pés assentes na terra e conhecer os seus limites. Tem de ser proactivo e, ao mesmo tempo, ir com a corrente. Tem de conhecer o seu próprio valor e, ao mesmo tempo, saber que a verdadeira liderança significa ser o guardião de um papel e de uma tarefa, que o verdadeiro progresso ou resultados só podem ser alcançados com a cooperação de todos.

Ser um mordomo num papel de liderança é realmente a pedra angular de um grande líder. A maior parte dos grandes líderes estão bem conscientes das suas falhas pessoais; não acreditam que tenham todas as respostas. No entanto, uma coisa que normalmente reconhecem com clareza é que a vida lhes pede que dêem um passo em frente e se deixem usar por um objetivo maior do que as suas preocupações pessoais. Ser mãe ou pai é, muitas vezes, um campo de treino de liderança fundamental para muitos adultos. Quando conseguimos deixar de lado as nossas próprias agendas, medos e egos, e entrar numa visão mais ampla de nós mesmos, essa visão geralmente inclui, usar o que a vida nos deu para beneficiar os outros, sejam filhos, membros da equipa ou clientes. 

Paradoxalmente, quando conseguimos pôr os egos ou as identidades limitadas de lado e nos concentramos no que podemos fazer pelos outros, os nossos dons pessoais expandem-se em conformidade. É quase como se, com a intenção de dar aos outros, mais nos fosse dado, para passar adiante. Isto pode incluir os dons de uma maior intuição, inspirações e ideias inovadoras, maior sabedoria e empatia, o que traz uma melhor comunicação e cooperação dos outros, maior energia e motivação e, eventualmente, podemos receber o dom de um maior reconhecimento e recompensas. No entanto, para um verdadeiro líder, estes dois últimos são mais uma agradável confirmação de que está no caminho certo, do que a sua única motivação. 

Como líder administrativo, pode não estar ao leme de todo o navio, mas o local onde se encontra neste momento é o melhor sítio para desenvolver as suas competências de liderança e o seu departamento. No nosso curso de Liderança para Líderes Administrativos, centrar-nos-emos tanto no panorama geral, no objetivo, na visão, na missão, nos valores e nas atitudes de que necessitará para se destacar no seu cargo, como nas competências e ferramentas práticas para o ajudar a liderar a partir de qualquer posição na empresa.  

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